Enchentes em 3 cidades do Pará deixam famílias desabrigadas; Exército é acionado para prestar apoio em Marabá
14/03/2025
(Foto: Reprodução) Dezenas de famílias estão desabrigadas devido às cheias dos rios Tocantins, Itacaiúnas e Xingu. Os rios Tocantins, Itacaiúnas e Xingu transbordaram no Pará e deixaram moradores desabrigados e até isolados nesta sexta-feira (14) nas cidades de Marabá, São Félix do Xingu e Oeiras do Pará.
O Corpo de Bombeiro ainda faz o levantamento da quantidade total de pessoas afetadas desde o início das enchentes neste mês de março. Ao menos duas cidades já decretaram situação de emergência.
A situação ocorre durante o inverno amazônico, com chuvas intensas e cheias de rios. Quando os dois fenômenos ocorrem simultaneamente, cidades ficam totalmente alagadas no Pará.
Em Belém, a chuva e a maré alta também tem provocado inundações no centro comercial e histórico da capital
Órgãos alertam para maré alta em Belém.
O Liberal
Exército em Marabá
🚨 Em Marabá, no sudeste do estado, os rios Tocantins e Itacaiúnas inundaram a região. Segundo o último boletim divulgado nesta sexta-feira (14) pela Defesa Civil do município, 81 famílias estão desabrigadas, 88 estão desalojadas e 13 estão ilhadas.
O rio Itacaiunas atingiu 11,21 metros de altura, resultando na declaração de nível de emergência. Já o rio Tocantins atingiu 9,54 metros, o que levou à emissão de um alerta para a situação.
Militares do Exército Brasileiro foram acionados para atuar no apoio à população de Marabá. Mais de 40 agentes estão trabalhando em conjunto com a Defesa Civil para garantir a segurança e o deslocamento dos moradores das áreas afetadas.
A Defesa Civil de Marabá segue monitorando a elevação nível dos rios e ampliando o número de abrigos para acolher as famílias atingidas pela cheia.
Militares resgatam moradores em áreas alagadas de Marabá
Exército Brasileiro
Emergência em 'São Félix'
🚨 Em São Félix do Xingu, também no sudeste do estado, o nível do rio Xingu atingiu 7.92 metros e a cheia prejudicou moradores da região.
Já são mais de 200 quilômetros de estradas afetadas pela cheia e 8.948 famílias afetadas, sendo 1.792 desalojadas.
A prefeitura de São Félix do Xingu decretou situação de emergência devido aos severos impactos causados pelas chuvas que inundam o município. Diversas comunidades ribeirinhas, aldeias indígenas e pequenos produtores rurais foram diretamente afetados.
Chuvas e cheias causam estragos no município de São Félix do Xingu
O autônomo Francisco Protázio, conta que precisou se mudar para o andar de cima da casa, devido a água chegar ao térreo do imóvel.
Tenho medo porque pode aparecer cobra, estou ficando no andar de cima e suspendi os móveis. Na redondeza os vizinhos se mudaram, todos tiveram que sair porque a água invadiu o imóvel.
Segundo a Defesa Civil, o inverno deste ano está mais rigoroso, as fortes chuvas têm afetado o escoamento da produção agropecuária e causado prejuízos para a agricultura local.
Um decreto foi assinado no dia 07 de março pelo prefeito Fabrício Batista Ferreira, com o objetivo de garantir assistência à população e viabilizar a chegada de recursos estaduais e federais para a recuperação das áreas atingidas.
Isolados em Oeiras
🚨 Em Oeiras do Pará, a comunidade de Carará, no Baixo Tocantins, está inundada e alguns pontos estão isolados após as fortes chuvas.
Segundo uma moradora, muitas crianças e pessoas idosas e doentes vivem na comunidade e estão sofrendo as consequências da inundação.
Algumas pessoas estão mais isoladas, sem conseguir sair da comunidade. Mas com ajuda de canoas, jangadas improvisadas, as pessoas saem para ir atrás de mantimentos.
A Defesa Civil do município informou o inverno deste ano foi mais rigoroso. A Prefeitura de Oeiras do Pará decretou situação de emergência por conta da situação.
Remanescente de quilombolas, os moradores da comunidade trabalham com roças e perderam a principal fonte de renda após a inundação.
A prefeitura informou que está fazendo a distribuição de água e cestas básicas à comunidade. A administração também disse que aguarda ajuda dos governos estadual e federal.
O g1 entrou em contato com o Governo do Estado para saber quais medidas estão sendo tomadas para reduzir os impactos das cheias nos municípios afetados, mas ainda não obteve resposta até a publicação da reportagem.
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